Quando Donald Trump acordou de mau humor no dia 2 de abril de 2025 e decidiu disparar um tarifaço global, economistas e influenciadores financeiros entraram em parafuso. Foi como se alguém tivesse anunciado que o céu estava prestes a desabar, e o Ibovespa seria esmagado por toneladas de catástrofe econômica.
Manchetes histéricas tomaram conta dos principais jornais e portais de finanças: "Preparem-se para o desastre!", "O fim está próximo para os emergentes!", "Trump acaba de destruir os mercados!". Analistas financeiros, com ar grave e tom dramático, competiam por espaço nas TVs e redes sociais para ver quem previa o colapso mais aterrorizante. Investidores, movidos pelo pânico generalizado e por influenciadores que adoram uma crise para ganhar cliques, correram desesperados para se desfazer de suas posições, vendendo ações como se fossem batatas quentes.
Mas, vejam só, o que realmente aconteceu em cinco dias? Nada. Absolutamente nada!
Trump e o Fantasma da Tarifa
O que parecia um tiro certeiro na economia global acabou virando uma piada em menos de uma semana. Trump impôs 10% de tarifas básicas globais, e tarifas altíssimas para rivais como China e Europa. O mercado americano realmente se assustou: o S&P 500 caiu quase 5% no dia seguinte, em um verdadeiro surto coletivo de histeria financeira.
No Brasil, economistas que tinham se especializado em prever desastres passaram a anunciar o fim iminente da prosperidade. Influenciadores digitais vestiram suas fantasias de apocalipse e aconselharam investidores a se esconder embaixo da cama com todo o dinheiro no bolso.
O Que Realmente Aconteceu? Nada!
Passaram-se cinco dias e os fundamentos das empresas brasileiras permaneceram exatamente os mesmos. A Petrobras continuou extraindo petróleo, a Vale continuou minerando ferro, e o agro brasileiro continuou plantando soja. Não houve escassez de gasolina, minério ou commodities agrícolas. As empresas importadoras, apesar de alguma pressão nos custos, não faliram em massa.
E o Ibovespa? Ao invés de cair ladeira abaixo, subiu 3,12% logo após Trump dar um passo atrás e anunciar uma pausa nas tarifas. Cinco dias depois da suposta catástrofe econômica, o índice brasileiro estava mais forte do que antes, acumulando um crescimento de 6,15% no ano.
Dados Reais: Abril Foi Apenas Mais um Mês
Quer uma prova de que abril foi absolutamente normal? Basta olhar os dados. Nos últimos 24 meses, a quantidade de empresas que subiram ou caíram dentro do índice Ibovespa oscilou como sempre. Em abril de 2025, por exemplo, o número de empresas em queda e em alta ficou equilibrado — um padrão comum e sem qualquer anormalidade. Não houve nem êxodo, nem euforia.
E quanto à volatilidade? A oscilação dos preços em abril ficou dentro da média dos últimos dois anos. Nada parecido com uma crise, nada fora do padrão. Tudo absolutamente normal. Apenas mais um mês no mercado. E, ainda assim, sardinhas venderam posições sólidas, pagaram taxas, impostos sobre lucro de operações de curto prazo, e... ganharam o quê? Uma lição: quem fez nada, saiu ganhando.
A Vergonha dos Especialistas e Influenciadores
Ficou claro o quão perdidos estavam os ditos "especialistas". Em menos de uma semana, suas previsões catastróficas se mostraram tão precisas quanto jogar dardos vendado. Influenciadores financeiros, sempre prontos para monetizar o medo alheio, se viram desmoralizados diante dos fatos. Investidores que seguiram conselhos apocalípticos, vendendo suas posições em desespero, se arrependeram amargamente enquanto viam o mercado subir calmamente, indiferente ao caos imaginário criado por Trump.
A Grande Lição: O Mercado Ignorou a Histeria
Se existe uma moral nessa história toda, é que mercados são muito mais resistentes do que manchetes dramáticas sugerem. Enquanto analistas se afogavam em previsões trágicas e influenciadores criavam memes apocalípticos, investidores que se mantiveram racionais e atentos aos fundamentos das empresas brasileiras viram suas carteiras prosperarem.
A tempestade anunciada não passou de uma leve garoa passageira, provando que, no fim do dia, são os fundamentos e não manchetes sensacionalistas que realmente determinam o rumo do mercado.
Conclusão Sarcástica
Portanto, caro leitor, da próxima vez que um presidente americano decidir "acordar mal-humorado" e especialistas financeiros começarem a pregar o fim dos tempos, lembre-se desta semana em abril de 2025. Nem toda tempestade anunciada pelos especialistas é real. Muitas vezes, o único estrago real acontece na carteira daqueles que acreditam demais em previsões apocalípticas — e saem girando a carteira só para descobrir que o único lucro foi da corretora.
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